segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Atenção Meditativa


A atenção meditativa tem três qualidades primordiais: a primeira é calma, a segunda, abertura e a terceira, a harmonia. Quando praticamos a meditação, nós nos tornamos naturalmente calmos, relaxados e confortáveis, e constatamos que a meditação é sedativa e agradável.

Depois de estabelecermos este fundamento básico do relaxamento, surge uma qualidade de abertura e aceitação que está isenta de dúvida, de preocupação e de julgamento. Já nos preocupamos menos com a "meditação" e com o "meditador", ou com o procedimento "correto" e "incorreto". Nesse estado natural da meditação não subsistem perguntas.

À medida que perdemos nossos apegos e ansiedades, vivenciamos uma sensação de clareza, de harmonia e de inteireza - uma sensação de vigília que é muito bonita. Nesse momento, podemos ver nossos pensamentos e emoções com muita lucidez e, apesar disso, não somos distraídos nem importunados por eles.

Depois de vivenciar essas três qualidades da meditação, vivemos a sua influência em cada pensamento, em cada palavra e em cada ato da nossa vida diária; temos um sentimento "despertado" de alegria, de clareza e de realização numa espécie de visão verdadeira. À medida que vivenciamos a meditação, a atenção aumenta e, na realidade, passa a fazer parte de nós.

Na atenção pura, a nossa meditação é semelhante ao céu aberto - é semelhante ao espaço vazio. Não há sujeito e não há objeto.

(...)

Assim, toda vez que ocorrerem pensamentos ou julgamentos, podemos deixá-los passar; podemos deixar passar o meditador e qualquer "coisa" meditada. Quando permitirmos que flua livremente a energia positiva desse estado natural da mente, nossas energias corporais também começarão a mover-se livremente. Nesse ponto, é fácil meditar porque não há nada para praticar, nada para fazer, nada para realizar ... há apenas a plenitude do ser. Assim sendo, nossa experiência é a nossa meditação e nossa meditação é a nossa experiência.

(fonte: Tarthang Tulku. Gestos de equilíbrio: guia para percepção, a autocura e a meditação. Tradução de Octavio Mendes Cajado. São Paulo, Pensamento, p. 118, 120.)
(imagem de autoria desconhecida)

domingo, 9 de novembro de 2008

Negatividade


Um dos maiores problemas que enfrentamos - no mundo e também dentro de nós - é a negatividade. Quer venha de atitudes, de pensamentos ou de ações, ela consegue facilmente permear toda a concepção que fazemos de nós mesmos, bem como nossa perspectiva de vida. A negatividade se origina do descontentamento. Muitas vezes, procuramos a origem desse descontentamento no lugar errado, seguindo muitas possibilidades tangenciais, sem jamais entender verdadeiramente a essência dessa condição negativa. O karma impessoal do universo tanto pode ser positivo como negativo. Entretanto, se estamos vivendo fora [de nós mesmos]e identificando-nos com todo o karma impessoal que sentimos no universo, uma sensação de insignificância pessoal começa a tomar forma na estrutura da identidade. Sentimo-nos incapazes de manifestar a qualidade e a quantidade de tudo o que flui através de nós. Esta é a principal causa da negatividade e, na realidade, ela aumenta a negatividade do mundo.

Se você tem uma sensação de insignificância com relação à estrutura da sua identidade (...) você questiona o que o mundo está lhe fazendo. Na verdade, você está tentando (...) acompanhar tudo o que sente no ambiente externo. Entretanto, isto é impossível, porque a quantidade de informações, pensamentos, sentimentos e experiências existentes no karma impessoal sempre excederá sua capacidade de absorção. Faça o que fizer, você sempre terá a sensação de estar, de certa forma, perdendo uma corrida imaginária com o mundo, que progride e se expande mais depressa do que você. O descontentamento daí resultante acarreta um estilo de vida construído sobre uma identificação com a frustração, ou sobre um sentido geral negativo do próprio valor. Para superar a negatividade é preciso que o senso de identidade emane do ser interior. Dessa forma, tudo o que você faz na vida advém do potencial que a sua alma está incitando à ação através da personalidade. Como resultado, você não estará competindo com as influências externas e sim alegremente engajado na concretização de suas possibilidades. Desse ponto de vista, a interrogação aterradora em relação ao ambiente exterior, em vez de conduzir à negatividade, ajudará você a expressar-se positivamente.



(fonte: Martin Schulman. O Ascendente: sua porta kármica. Tradução de Carmen Youssef. São Paulo, Pensamento, p. 38-9)
(fonte da imagem: www.flickr.com/galeria de hiedra)

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

I Coríntios 13


Se eu falasse todas línguas da terra, mas se o amor não tivesse,
seria um bronze que soa, um címbalo que ecoa.
E se tivesse a profecia, conhecesse todas as ciências,
possuísse a fé que transportasse montanhas,
mas se o amor não tivesse,
seria um nada porque o homem nada vale se não ama.

Distribuísse entre muitos os meus bens
e o meu corpo desse para as chamas,
Mas se o amor não tivesse, nada seria.
Passarão as profecias, também todas as línguas,
a ciência um dia acabará.

Mas o amor nunca passará,
porque tudo crê e tudo espera,
tudo cobre, tudo sofre,
O próprio bem não procura,
mas vibra só com a verdade.

(fonte: canção com texto de I Coríntios, 13;1-8)
(fonte da imagem: www.flickr.com/galeria de donde se esconde el sol)

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Tempo Certo


Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Eclesiastes, 3.1

(fonte da imagem: www.flickr.com/galeria de massimoalan)
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