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quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Afastando a Depressão




(...) A depressão é, sabidamente, uma emoção pesada, porque, uma vez estabelecida, é de difícil remoção. Enquanto ela perdura, a consciência sente-se perturbada e aprisionada, porque a depressão é uma emoção que entra em dissonância com a nossa real natureza, impedindo que nosso Ser encontre possibilidade de expressar-se. Em contrapartida, quando sentimos a emoção leve da alegria, o nosso Ser consegue expressar pelo menos algo de sua natureza real e, por isso, a felicidade flui de dentro para fora sem obstáculo: a consciência sente-se livre.

(...) As emoções e os pensamentos são decorrentes de hábitos, e como (...) há estados pesados e leves, surge a idéia de transformar nossos hábitos emocionais e mentais. Esta arte de transformação dos estados psicológicos era conhecida entre os antigos como meditação e visava a libertação da consciência.

Uma das técnicas mais elementares de meditação é a da substituição. Está baseada no fato de que a mente só se ocupa com um pensamento de cada vez, de modo que a melhor maneira de se livrar de uma emoção pesada é substituí-la por uma leve.

(...) Se observarmos, poderemos descobrir que as emoções nutrem-se das imagens mentais: os pensamentos. Por isso, a maneira correta de adquirir auto-domínio sem acumular repressões inconscientes é dirigir a energia do pensamento para estados leves, pois assim, por falta de nutrientes, os estados pesados gradualmente perderão sua força. Isso acontece automaticamente mesmo que não estejamos conscientes do processo.

É fácil controlar qualquer estado emocional em seus momentos iniciais; entretanto, costuma ser difícil libertar a consciência de emoções pesadas depois dos poucos minutos que elas necessitam para se fortalecer e se estabelecer.

(...) Se nós estivermos a observar vigilantes os movimentos da mente, de momento a momento, pode-se adquirir de modo gradual um domínio de nossos estados psicológicos. Faz-se isso usando a dispersão usual do pensamento a nosso favor, substituindo-os prontamente sempre que necessário.

No caso da depressão, por exemplo, quando percebemos que pensamento está querendo trilhar os labirintos dos nossos problemas sem solução à vista, e que são os que usualmente nos deprimem, chamemos prontamente à nossa atenção os nossos "bons pensamentos em reserva", substituindo, assim, os anteriores que nos conduziriam aos estados pesados. São técnicas elementares, se comparadas a outras mais avançadas, porém são eficazes e precisamos dominá-las antes de poder usar as outras com segurança.


Livro:  "A Tradição-Sabedoria"
Autor:  Ricardo Lindemann (em co-autoria com Pedro Oliveira)
Presidente da Sociedade Teosófica do Brasil
www.sociedadeteosofica.org.br
Transcrito e selecionado do "Jornal Mais Petrópolis"/Dez 2013
www.maispetropolis.wordpress.com

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

O Peregrino



Quando o peregrino adquire o hábito de tentar sempre realizar a ação correta, as suas emoções passam a distorcer cada vez menos a percepção da realidade e ele avança com firmeza montanha acima.

É possível dizer que, enquanto a carreta avança pela estrada, as abóboras - as coisas menores - vão-se acomodando naturalmente. O caminho pode ser estreito e íngreme, mas é sólido. É durável.

Nesta metáfora do aprendizado, o eu inferior é simbolizado pela carreta, e corresponde ao corpo, e pelo touro, símbolo da vontade ou emoção que movimenta a carreta. A emoção deve ser estável, é claro, para que o rumo seja constante. Já o eu superior é simbolizado pelo passageiro da viagem. Ele depende da lealdade do eu inferior para agir e seguir em frente. Em condições adequadas, o eu superior dirige o Touro. Para o animal sábio, a voz do dono é a voz da sua própria consciência.

A viagem montanha acima diz respeito ao aprendizado de uma encarnação. Trata-se da viagem de uma só vida, porque o indivíduo total que trilha o caminho não se repetirá: na próxima encarnação o eu inferior (carreta + touro) será outro. Cada indivíduo humano inclui, pois, todos os elementos desta imagem simbólica. A carreta, o touro, o passageiro, as abóboras (seus registros cármicos ou skandhas), e até o caminho - tudo isso faz parte do ser complexo que constrói e interpreta uma trama de vida sob inspiração do eu superior.

Uma vida humana é uma combinação mais ou menos instável, às vezes tênue, de alguns elementos que são permanentes, ou espirituais, e outros elementos que são provisórios, ou materiais. O aprendizado consiste em transferir o foco de consciência daquilo que é secundário para o que é essencial, e em colocar tudo o que é provisório a serviço do que é eterno. Os testes, obstáculos e solavancos, fazem parte da viagem morro acima.


(fonte: www.filosofiaesotérica. com)
(fonte imagem: www.odimmcmiire22.blogspot.com)
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