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quinta-feira, 15 de março de 2012

Os Cinco Reinos da Paz




Nós temos nosso próprio território de paz dentro de nós, que é composto de cinco reinos - nosso corpo, nossos sentimentos, nossas percepções, formações mentais e consciência. Temos que trazer a paz ao nosso corpo e remover seus conflitos, tensão e dor. Existem também muitas tempestades, aflições e dor no reino das nossas emoções. Temos que aprender a trazer a paz para esse território de sentimentos e emoções.

Quando eu olho para minha caneta, eu tenho uma percepção dela. Se minha percepção corresponde à realidade da caneta ou não é uma questão real - porque vivemos com muitas percepções errôneas. Acreditamos que somos os únicos a sofrer, que os outros estão nos fazendo sofrer e que eles não sofrem de jeito nenhum. Este é um tipo de percepção errônea. Se acharmos tempo para inspirar e expirar e encontrar a paz em nós mesmos, poderemos ver que as outras pessoas também sofrem enormemente, assim como nós, e precisam ser ajudadas, não punidas. Por isso a paz não poderá ser possível sem a remoção dos elementos de percepção. Quando nossas percepções nascem da raiva e do medo, elas não podem ser chamadas de percepções corretas. Por sua vez, nossas percepções erradas dão origem ao medo, à raiva e ao desespero, que podem nos levar a cometer atos de violência, punição e morte. Por causa disso, é muito importante praticar a meditação sentada e andando, para podermos trazer paz ao reino das nossas percepções e remover os elementos errôneos.

O quarto reino é aquele das formações mentais, cittasamskara. Uma formação (samskara) é algo que se manifesta quando muitas condições são reunidas. Uma flor é uma formação física - chuva, o sol, a terra, o tempo, o espaço se reuniram para que a flor se manifestasse. Nosso corpo é uma formação fisiológica. Todas as formações são impermanentes e estão em constante mudança. Nosso medo, nossa raiva, nossa discriminação, esperança, alegria e nossa plena consciência são formações mentais. Na tradição budista, identificamos cinqüenta e uma formações mentais. Quando contemplamos nossa mente, não estamos olhando para um espaço claro e vazio, olhamos para as nossas formações mentais.

Por fim, temos o reino da consciência. Temos que voltar ao lar da nossa consciência, porque nossa consciência é o chão de todas as coisas. Nosso corpo, nossos sentimentos, percepções e formações mentais nascem do chão da consciência. Não somente o nosso corpo contém nossa consciência, nossa consciência também contém o nosso corpo.


Livro "Peace Begins Here:
Palestinians and Israelis Listening To Each Other"
Autor: Thich Nhat Hanh
Tradução: Samuel Cavalcante




(fonte imagem: www.elusapaz.blogspot.com)

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Não Acredite


Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em conjecturas. Não acredite em algo como verdade por força do hábito. Não acredite em algo simplesmente porque está escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e benefício de todos, aceite-o e viva-o.

Siddharta Gautama, o Buddha

(fonte texto: www.pensador.uol.com.br)
(fonte texto: www.inconscientecoletivo.net)
(fonte imagem:www.rivaldoandrade.blogspot.com)

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A Compaixão


Toda violência é injusta. Não se pode apagar o fogo do ódio e da violência alimentando suas chamas com mais ódio e violência. O único antídoto para a violência é a compaixão. Do que é feita a compaixão? Ela é feita de compreensão. Quando não há compreensão, como podemos sentir compaixão, como podemos sequer começar a aliviar o enorme sofrimento que ali está? Portanto, compreensão é realmente o alicerce sobre o qual construímos a nossa compaixão. (...)

Como podemos produzir uma gota de compaixão que seja capaz de apagar o fogo do ódio? Você sabe que compaixão não é coisa que se venda nos supermercados. Se fosse, bastaria a gente comprar e levar para casa e assim resolveríamos o problema do ódio e da violência no mundo com muita facilidade. Acontece que só a nossa prática pode produzir compaixão no coração de cada um de nós. (...)

O método do Buda consiste em examinar em profundidade para ver a fonte do sofrimento, a fonte da violência. Se temos violência dentro de nós, qualquer ação pode fazer essa violência explodir. A energia do ódio e da violência pode ser muito grande e, quando vemos isso em outra pessoa, nós temos pena dela. Quando temos pena dessa pessoa, a gota da compaixão nasce em nosso coração e nos sentimos bem mais felizes e em paz com nós mesmos. Isto gera o néctar da compaixão dentro de nós. (...)

O mal existe. Deus também existe. O Mal e Deus são dois lados de cada um de nós. Deus é a grande compreensão e o grande amor dentro de nós. É o que nós também chamamos de Buda, a mente esclarecida que pode ver através de toda a ignorância.

O que é o mal? É o que surge quando o rosto de Deus ou de Buda ficou escondido. Cabe a nós escolher se o lado do mal se tornará mais importante ou se o lado de Deus e do Buda irá resplandecer. Mesmo que o lado de grande ignorância - o lado do mal - esteja se manifestando com vigor em determinado momento, isto não implica que Deus não esteja ali

Está perfeitamente claro na Bíblia: "Perdoa-lhes, porque eles não sabem o que fazem". Isto significa que um ato de maldade é um ato de imensa ignorância e incompreensão. É provável que haja muitas percepções equivocadas por trás de um ato maligno; é preciso perceber que a ignorância e a incompreensão estão na raiz do mal. Todo ser humano traz em si todos os elementos de grande compreensão, grande compaixão e também de ignorância, ódio e violência. (...)

Desenvolver a gota de compaixão no próprio coração é a única resposta espiritual eficaz ao ódio e à violência. Essa gota de compaixão resultará em acalmarmos nossa raiva, examinarmos a fundo as raízes da nossa violência, escutarmos em profundidade e compreendermos o sofrimentos de todos os envolvidos nos atos de ódio e violência.

(fonte do texto: Thich Nhat Hanh. Serenando a Mente: o olhar budista sobre o medo e o terrorismo. Tradução de Ricardo Anibal Rosenbusch. Petrópolis, RJ : Vozes, 2007. p. 132-140)

(fonte imagem: google images)


sábado, 27 de setembro de 2008

Os Pensamentos



Somos aquilo que pensamos.
Tudo o que somos nasce dos nossos pensamentos.
Com o nosso pensamento, construímos o mundo.
Fale ou aja com uma mente impura
e os problemas logo seguirão
como a carroça segue a parelha de bois.
Somos aquilo que pensamos.
Tudo o que somos nasce dos nossos pensamentos.
Com o nosso pensamento, construímos o mundo.
Fale ou aja com uma mente pura
e a felicidade seguirá
como sua sombra, inabalável.

Buda

(fonte: Jack Kornfield. Um caminho com o coração. Tradução de Merle Scoss e Melania Scoss. São Paulo, Cultrix, 1999, p. 258)
(fonte imagem:google images)
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